sexta-feira, 20 de julho de 2018

COMO VOCÊ AGE, DIANTE DA GROSSURA DAS PESSOAS?

Era uma vez... um mago que quer descobrir a autêntica generosidade dos habitantes de sua cidade. Todos sabem que o mago adora disfarçar-se e que um dia ou outro se apresentará em suas casas, mas não sabem nem como nem quando. E cada um quer manter sua boa imagem, para receber em troca algum benefício.

Um dia, o mago vestido como um mendigo bate à porta de uma casa. O senhor que abre o reconhece e quando o mendigo lhe pede comida, ele lhe oferece uma refeição extraordinária, com as melhores comidas preparadas para a ocasião. O mendigo aproveita aquela ótima comida. Num determinado momento, deixa cair o pão no chão e o anfitrião precipita-se em recolhê-lo. Enquanto está abaixado, o mendigo golpeia-o na cabeça e desaparece. O Anfitrião, surpreendido e irritado, comenta: “Era realmente um mendigo, e, além disso, também ingrato. Fui generoso, recebendo em troca um golpe na cabeça.”

Passam-se alguns dias e o mago, ainda vestido de mendigo, bate à porta de outra casa. Imediatamente a porta é aberta e ele é convidado a acomodar-se na sala de almoço, onde estavam para servir a refeição. A mesa está bem posta, com uma toalha de linho, bordada com fios de ouro, e a comida é servida em pratos de prata. Aqui também o mendigo, após ter comido e bebido, deixa cair um pedaço de pão. O dono da casa se apressa em recolhê-lo e o mendigo lhe da um golpe na cabeça e desaparece. Esse senhor também fica irado com o comportamento do mendigo, que não soube bem avaliar sua acolhida.

Passam-se alguns dias e o mago, sempre vestido de mendigo, bate numa terceira casa. Alguém lá de dentro lhe diz para entrar, a porta está aberta. Pede comida, e a pessoa ocupada diz que pode servir-se sozinho, que abra a dispensa e pegue o que desejar. O mendigo come e o dono da casa continua a fazer suas coisas. Acabando de comer, o mendigo deixa cair o pão. O senhor nem percebe. Então o mendigo chama a sua atenção para o fato. O anfitrião comenta: “Sinto muito por você. É importante tratar com respeito o alimento, mesmo se esse lhe foi doado. De qualquer jeito, se você quiser pode recolhê-lo, pois o chão está limpo.”

O mago, após ter transformado o pedaço de pão em ouro, desaparece.
Pense nisso
Marisete Silva

quarta-feira, 4 de julho de 2018

O SEGREDO DOS ESPELHOS ESTA NOS OLHOS DE QUEM VÊ


Era uma vez...  um castelo medieval habitado por um rei, uma rainha, e toda a sua corte. Cada quarto tinha um 
espelho que era muito pouco usado. Ninguém gostava de se ver no espelho; ao contrário, todos sentiam um certo desconforto olhando a própria imagem refletida. Um dia, não se sabe como, quebra-se o espelho de um dos quartos. Após alguns dias, a rainha nota que naquele quarto sem espelho alguma coisa tinha mudado. As pessoas param para conversar, trocando opiniões, conhecimentos e risadas. Nota-se um clima alegre e relaxante, que não somente faltava antes, mas que continua a faltar nos outros quartos.
A rainha conversa com o rei, afirmando que, para ela, o motivo da mudança deve-se a falta do espelho. O rei parece não acreditar na rainha, mas ela, mostrando-se convencida, deseja verificar sua hipótese com um experimento. Pede ao rei que tire o espelho de um outro quarto e observe o que acontece.
Após alguns dias, o rei não pode senão dar razão à rainha, nesse quarto também se verifica o mesmo fenômeno: as pessoas sentem-se à vontade, não existe mais aquele desconforto, aquele incômodo que se notava antes e que se percebe ainda nos quartos com espelhos.
Não necessitam de outras provas, mas estão curiosos em conhecer a origem daqueles estranhos espelhos. Então, o rei faz uma pesquisa nos arquivos do reino, descobrindo que tinham sido construídos por um alquimista, que possuía a ambição de indicar a perfeição. Preparando a mistura para os espelhos, tinha usado uma fórmula mágica, que exibia os defeitos de quem se deixasse neles refletir. O alquimista achava que poderia estimular as pessoas a melhorarem a si mesmas, a corrigir seus defeitos. Essa era a intenção positiva do alquimista, mas infeliz e contrariamente tinha obtido desconforto, mal-estar e vergonha. As pessoas não gostavam de ver de perto os próprios defeitos, sem poder, ao mesmo tempo, ver os próprios méritos.
O rei e a rainha decidem então eliminar os velhos e comprar novos espelhos. O rei ocupa-se pessoalmente da compra, pois dessa vez, não quer correr riscos.
Vai então à cidade dos espelhos, rodando pelas lojas, a procura da mais adequada. Entra na primeira, onde encontra um vidraceiro especializado em molduras. Enquanto o rei pede para ver alguns espelhos, o vidraceiro mostra a beleza, o valor, a fartura, o refinamento e a preciosidade de suas molduras. O rei percebe que não é esse o vidraceiro que lhe serve e parte para outra loja. Na segunda loja, o rei vê belíssimos espelhos de mosaico, compostos por inúmeros fragmentos elegantemente reunidos, mas que só permitem a visão de um pequeno pedaço de cada vez e não da figura inteira: essa também não era a loja que o rei estava procurando. Entra numa terceira e percebe logo que nessa vendem-se espelhos que fazem parecer alto quem é baixo e baixo quem é alto; magro quem é um pouco gordo e um pouco gordo quem é magro. Então, o rei acha que já chega de espelhos deformantes, não é o que procura.
A essa altura, o rei está perplexo. Não pensava que a busca por um simples espelho pudesse ser assim tão complicada. Ocupado nesses pensamentos, ouve alguém cantarolar.  Deixa-se guiar pelo canto, chegando num ateliê onde um vidraceiro está terminando um espelho. O rei observa-o trabalhar e lhe bastam poucos indícios para compreender a habilidade do vidraceiro acompanhada por uma profunda serenidade.
Curioso, o rei pergunta o que o faz assim tão sereno. E o vidraceiro responde: “Tenho um trabalho que amo e me da satisfação, uma mulher amiga e companheira fiel e dois filhos saudáveis e simpáticos. Não existe nada no mundo que eu possa desejar mais do que isso.” O rei, então, pergunta o que tem de especial em seus espelhos. O vidraceiro responde que seus espelhos são muito simples, essenciais, executam sua função natural. O rei pergunta qual é a função natural de um espelho. O vidraceiro responde: “Refletir.” O rei não parece satisfeito com a resposta e de novo pergunta ao vidraceiro: “Diga-me, você que é um especialista, qual é o segredo encerrado nos espelhos, qual é a sua magia?” O vidraceiro pensa por um instante e responde: “O segredo dos espelhos está nos olhos de quem vê”. 

segunda-feira, 4 de junho de 2018

VOCÊ TEM CONHECIMENTO OU INTELIGÊNCIA?

Toda semana, um velho fazendeiro tomava um trem para ir à cidade depositar em um banco o produto da colheita. Ele procedia assim havia muitos anos e no final da tarde retornava no mesmo trem. Na viagem de volta, também era rotineira a presença de um professor universitário, que aproveitava a viagem para ler algum livro, corrigir alguma prova ou preparar algum teste para aplicar em aula. Com isso ele se distraía e não sentia o tempo passar.
Numa dessas viagens, o professor esqueceu sua pasta na escola e ficou sem ter com quê se distrair. Resolveu então puxar conversa com o velho fazendeiro que ele sempre via no trem.
— Boa tarde — cumprimentou o professor. Depois de dizer seu nome, acrescentou: — Sou professor universitário, tenho cinco diplomas, falo seis idiomas e sou muito viajado, conheço todos os continentes. E o senhor, quem é?
Após também dizer seu nome, o velho acrescentou: — Mas eu não completei nem o primário...
O professor, vendo que entre eles não seria possível uma longa conversa, sugeriu uma brincadeira para passar o tempo:
— Eu lhe faço uma pergunta e o senhor me faz uma pergunta. Quem errar paga um real para o outro.
Ah, não acho justo — disse o velho. — Como eu tenho pouco conhecimento, se eu errar eu lhe pago um real. Mas se o senhor, que tem muito conhecimento, errar, aí o senhor me paga dez reais.
Assim acertaram e o velho pediu para fazer a primeira pergunta:
— O que é, o que é que tem dez metros de comprimento, pesa dez quilos, tem capacidade para transportar dez pessoas e dá a volta ao mundo em dez dias?
O professor pensou, pensou, mas não teve jeito de achar a resposta.
— Não sei — admitiu.
— Então me pague os dez reais — disse o velho estendendo a mão.
O professor pagou e, percebendo a perspicácia do velho, disse:
— Sendo a minha vez de perguntar, eu devolvo a mesma pergunta ao senhor: o que é essa coisa que o senhor me perguntou?
— Eu também não sei — respondeu o velho e, estendendo a mão, disse: — Aqui está o seu um real.
O que vale não é a quantidade de conhecimento que temos, mas o que somos capazes de fazer com o pouco de conhecimento que tivemos a oportunidade de receber.
Pense nisso
Marisete Silva

segunda-feira, 28 de maio de 2018

VOCÊ TEM EQUILIBRIO?

 "Certo dia, a solidão bateu à porta de um grande sábio. 
Ele convidou-a para entrar. Pouco depois, ela saiu decepcionada. 
Havia descoberto que não podia capturar aquele ser bondoso, pois ele
 nunca estava sozinho: estava sempre acompanhado pelo amor de Deus. 
 
De outra feita, a ilusão também bateu à porta daquele sábio. 
Ele, amorosamente, convidou-a a entrar em sua humilde morada.
Logo depois, ela saiu correndo e gritando que estava cega. 
O coração do sábio era tão luminoso de amor que havia
 ofuscado a própria ilusão. 
 
Em um outro dia, apareceu a tristeza. Antes mesmo que ela batesse à porta, 
o sábio assomou a cabeça pela janela e dirigiu-lhe um sorriso enternecedor. 
A tristeza recuou, disse que era engano e foi bater em alguma outra porta que 
não fosse tão luminosa. 
 
A fama do sábio foi crescendo e a cada dia novos visitantes chegavam,
 objetivando conquistá-lo em nome da tentação. 
 
Em um dia era o desespero, no outro a impaciência. Depois vieram a mentira, 
o ódio, a culpa e o engano. Pura perda de tempo: o sábio convidava todos a
 entrar e eles saíam decepcionados com o equilíbrio daquela alma bondosa. 
 
Porém, um dia a morte bateu à sua porta. Ele convidou-a a entrar. 
Os seus discípulos esperavam que ela saísse correndo a qualquer momento,
 ofuscada pelo amor do mestre. Entretanto, tal não aconteceu. 
 
O tempo foi passando e nem ela nem o sábio apareciam. Os discípulos, cheios 
de receio, penetraram a humilde casa e encontraram o cadáver de seu mestre
 estirado no chão. Começaram a chorar ao ver que o querido mestre havia partido 
com a morte.
 
 Na mesma hora, adentraram na casa a ilusão, a solidão e todos os outros servos
 da ignorância que nunca haviam conseguido permanecer anteriormente naquele recinto. A tristeza dos discípulos havia aberto a porta e os mantinha lá dentro.
 
 Enquanto isso, em outra dimensão, levado pela morte, o sábio instalava-se 
em sua nova residência. Agora, só batem em sua porta os espíritos luminosos. 
E, amorosamente, ele continua convidando todos os que batem a entrar.
 
 E ninguém quer sair de lá, pois agora o grande mestre 
"mora no coração de Deus".
Pense nisso
Marisete Silva

sábado, 19 de maio de 2018

CUIDADO COM O QUE VOCÊ ESTÁ PLANTANDO.

homem tremiam, e a vista era embaralhada, e o seu passo era hesitante. A família comeu junto à mesa.
Mas as mãos trêmulas do avô ancião e sua visão falhando, tornou difícil o ato de comer. Ervilhas rolaram da colher dele sobre o chão. Quando ele pegou seu copo, o leite derramou na toalha da mesa. A bagunça irritou fortemente seu filho e nora: "Nós temos que fazer algo sobre o Vovô", disse o filho. "Já tivemos bastante do seu leite derramado, ouvindo-o comer ruidosamente, e muita de sua comida no chão ".
Assim o marido e esposa prepararam uma mesa pequena no canto da sala. Lá vovô comia sozinho enquanto o resto da família desfrutava do jantar.
Desde que o Avô tinha quebrado um ou dois pratos, a comida dele foi servida em uma tigela de madeira.
Quando a família olhava de relance na direção do vovô, às vezes percebiam nele uma lágrima em seu olho por estar só. Ainda assim, as únicas palavras que o casal tinha para ele eram advertências acentuadas quando ele derrubava um garfo ou derramava comida.
O neto mais velho de quatro anos assistiu tudo em silêncio. Uma noite antes da ceia, o pai notou que seu filho estava brincando no chão com sucatas de madeira. Ele perguntou docemente para a criança, "O que você está fazendo?"
Da mesma maneira dócil , o menino respondeu "Oh, eu estou fabricando uma pequena tigela para você e Mamãe comerem sua comida quando eu crescer."
O neto mais velho de quatro anos sorriu e voltou a trabalhar. As palavras do menino golpearam os pais que ficaram mudos. Então lágrimas começaram a fluir em seus rostos. Entretanto nenhuma palavra foi falada, ambos souberam o que devia ser feito. Aquela noite o marido pegou a mão do Vovô e com suavidade o conduziu atrás da mesa familiar. Para o resto de seus dias de vida ele comeu sempre com a família. E por alguma razão, nem marido nem esposa pareciam se preocupar mais quando um garfo era derrubado, ou leite derramado, ou que a toalha da mesa tivesse sujado.
Pense nisso

quarta-feira, 16 de maio de 2018

QUAL É SEU MEDO?

Um rei, que gostava da companhia de Saulo seu súdito e que também gostava de caçar, ordenou-lhe que o acompanhasse numa caçada de ursos.
Saulo ficou aterrorizado com a ideia.
Depois da caçada, quando voltou à sua aldeia, alguém lhe perguntou:
— "Como foi a caçada?"
— "Maravilhosa", disse Saulo.
— "Quantos ursos você viu?" perguntou o homem.
— "Nenhum", respondeu Saulo.
— "Mas, então, como pode ter sido maravilhosa?" questionou o homem com curiosidade.
— "Quando você está caçando ursos, e quando você sou eu, não ver urso nenhum é uma experiência maravilhosa", disse 
saulo.
Pense nisso
Marisete Silva

sábado, 12 de maio de 2018

QUAIS SÃO SUAS JÓIAS

Era uma clara manhã de sol na antiga cidade de Roma, muitas centenas de anos atrás. Dois irmãos brincavam no jardim quando a mãe, Cornélia, chamou-os para entrarem.
– Uma amiga vem jantar aqui hoje – disse ela. – Ela é muito rica e vai nos mostrar suas joias.
Pouco depois a mulher chegou. Seus dedos reluziam com os anéis, os braços brilhavam com os braceletes. Correntes de ouro contornavam seu pescoço e fios de pérolas cintilavam nos cabelos.
– Você já viu uma pessoa tão bonita assim? – sussurrou o irmão menor ao outro. –Ela parece uma rainha!
Olharam para a própria mãe, vestida apenas com uma roupa branca. Suas mãos e braços estavam nus, e a cabeça era coroada apenas por tranças enroladas de seus próprios cabelos castanhos e macios. Mas o sorriso bondoso iluminava seu rosto mais do que qualquer outra pedra preciosa.
– Vocês gostariam de ver mais alguns de meus tesouros? – perguntou a rica mulher.
Um servo trouxe uma caixa e colocou-a na mesa. A mulher abriu-a, e viram um monte de rubis vermelhos como sangue, safiras azuis como o céu, esmeraldas verdes como o mar e diamantes que refulgiam como o sol!
Os irmãos olharam para as gemas.
–Ah! – suspirou o menor. –Se pelo menos nossa mãe pudesse ter essas coisas maravilhosas!
Enfim, a caixa foi fechada e levada embora.
–Diga-me, Cornélia – disse a rica mulher, com um sorriso de compaixão –, é verdade que você não tem joias? É verdade que você é tão pobre assim?
Cornélia sorriu:
– De maneira alguma – disse ela –, eu tenho joias muito mais valiosas que as suas!
– Então deixe-me vê-las – a mulher riu. – Onde estão?
Cornélia puxou os meninos para si.
– Estas são as minhas joias – sorriu. – Não são muito mais preciosas do que as suas pedrarias?
Os dois meninos, Tibério e Caio Graco, nunca se esqueceram do orgulho, carinho e amor da mãe. Anos mais tarde, quando se tornaram grandes estadistas de Roma, gostavam de se lembrar dessa cena. E quando o povo romano erigia estátuas em honra dos irmãos, nunca se esqueciam de prestar tributo à mulher que os ensinara a serem sábios e bons. Os romanos inscreveram em sua tumba: “Cornélia, mãe dos Gracos.”
Pense nisso
Marisete Silva

sexta-feira, 4 de maio de 2018

PENSE ANTES DE FAZER

Era uma vez um fazendeiro que tinha um filho chamado Lucas, um menino muito habilidoso mas inconsequente e desatento ao que lhe diziam para fazer.
Um dia, o pai lhe disse:
– Lucas, você é tão descuidado e distraído que, toda vez que fizer algo errado, vou enfiar um prego neste poste, para você reparar quantas vezes você faz bobagem. E toda vez que você agir certo, vou retirar um prego.
O pai fez o que disse, e todo dia tinha um ou às vezes um monte de pregos para enfiar, mas raramente algum para retirar.
Por fim, Lucas reparou que o poste já estava muito coberto de pregos e sentiu vergonha de tantas falhas. Resolveu ser um menino melhor e, no dia seguinte, foi tão bom e cuidadoso que vários pregos foram retirados. No dia seguinte, foi a mesma coisa, e assim por um longo tempo, até que finalmente só restou um prego. Seu pai o chamou e disse:
– Olhe, Lucas, este é o último prego e já vou retirá-lo. Está contente?
Lucas olhou para o poste e então, em vez de mostrar alegria, como o pai esperava, explodiu em lágrimas.
– Ora – disse o pai –, o que foi? Pensei que você ia ficar muito feliz; os pregos acabaram-se todos!
– É – soluçou Lucas –, os pregos sumiram, mas as marcas ainda estão aí.
É a mesma coisa, queridas crianças, com suas faltas e maus hábitos; vocês podem superá-los, consertá-los pouco a pouco, mas as marcas ficam. Por isso, ouçam meu conselho e, sempre que perceberem que estão fazendo alguma coisa errada, ou adquirindo um mau hábito, parem logo. Pois, cada vez que vocês cederem, vão estar enfiando outro prego, e isso vai deixar uma marca em sua alma mesmo que, mais tarde, o prego seja retirado.
Pense nisso
Marisete Silva

segunda-feira, 30 de abril de 2018

NÃO FIQUE APEGADO AO PASSADO

Roberto estava na margem de um rio e queria passar para o outro lado. A correnteza era muito forte e seria impossível atravessá-lo a nado.
Foi quando Roberto viu uma pequena canoa presa na vegetação ribeirinha. Rapidamente colocou o bote n'água e pôs-se a remar para o outro lado. Com a ajuda da canoa, ele rapidamente atingiu a outra margem. Assim que botou os pés em terra firme, pegou a canoa, colocou-a nas costas e partiu em direção à floresta.
Algumas pessoas que haviam observado toda a cena, ficaram espantados com aquela atitude inesperada de Roberto. Eles foram e lhe perguntaram: "Por que você colocou a canoa nas costas? De que ela lhe servirá agora que você já atravessou o rio?"
Roberto então, já vermelho, suado e cansado do esforço em carregar a embarcação nas costas, lhes respondeu: "Essa canoa me ajudou muito a atravessar o rio. Eu não posso abandoná-la. Espero que agora ela me ajude também a atravessar a floresta."
Assim somos nós. Ficamos apegados ao passado e o transformamos em um pesado fardo em nossas vidas.
Pense nisso
Marisete Silva

sexta-feira, 27 de abril de 2018

EXISTE UM OCEANO ESPERANDO POR VOCÊ

A carpa japonesa tem a capacidade natural de crescer de acordo com o tamanho do seu ambiente. Assim, num pequeno tanque, ela geralmente não passa de cinco ou sete centímetros -- mas pode atingir três vezes esse tamanho, se colocada num lago.
Da mesma maneira, as pessoas têm a tendência de crescer de acordo com o ambiente que as cerca. Só que, neste caso, não estamos falando de características físicas, mas de desenvolvimento emocional, espiritual e intelectual.
Enquanto a carpa é obrigada, para seu próprio bem, a aceitar os limites do seu mundo, nós estamos livres para estabelecer as fronteiras de nossos sonhos.
Se somos um peixe maior do que o tanque em que fomos criados, em vez de nos adaptarmos a ele, devemos buscar o oceano -- mesmo que a adaptação inicial seja desconfortável e dolorosa.
Pense nisto. Existe um oceano esperando por você.
Marisete Silva

segunda-feira, 23 de abril de 2018

ENXERGUE COM O CORAÇÃO

O local estava deserto quando sentei-me para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho. Desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois tinha a impressão que o mundo estava tentando me afundar. E se não fosse razão suficiente para arruinar o dia, um garoto ofegante chegou perto de mim, cansado de brincar. Ele parou na minha frente, cabeça pendente, e disse cheio de alegria:
- Veja o que encontrei!
Na sua mão uma flor. E que visão lamentável! Estava murcha com muitas pétalas caídas...
Querendo ver-me livre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e me virei.
Mas ao invés de recuar, ele sentou-se ao meu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:
- O cheiro é ótimo, e é bonita também... Por isso a peguei. Pegue-a, é sua!
A flor à minha frente estava morta ou morrendo. Nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la, ou ele jamais sairia de lá. Então estendi-me para pegá-la e respondi:
- Era o que eu precisava...
Mas, ao invés de colocá-la na minha mão, ele a segurou no ar sem qualquer razão.
Nessa hora notei, pela primeira vez, que o garoto era cego, e que não podia ver o que tinha nas mãos. Senti minha voz sumir. Lágrimas despontaram ao sol, enquanto lhe agradecia por escolher a melhor flor daquele jardim.
- De nada... - respondeu sorrindo.
E então voltou a brincar sem perceber o impacto que teve em meu dia.
Sentei-me e comecei a pensar como ele conseguiu enxergar um homem autopiedoso sob um velho carvalho. Como ele sabia do meu sofrimento autoindulgente? Talvez no seu coração ele tenha sido abençoado com a verdadeira visão.
Através dos olhos de uma criança cega, finalmente entendi que o problema não era o mundo, e sim EU! E por todos os momentos em que eu mesmo fui cego, agradeci por ver a beleza da vida e apreciar cada segundo que é só meu. Então levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela flor, e sorri enquanto via aquele garoto com outra flor em suas mãos prestes a mudar a vida de um insuspeito senhor de idade...

As melhores coisas da vida são vistas com o coração!
Pense nisso
Marisete Silva

sexta-feira, 20 de abril de 2018

ENCARE TEUS PROBLEMAS

No futebol americano, há um momento em que o jogador tem de dar um chute na bola.

No circuito universitário havia, há alguns anos, um rapaz que era o recordista do chute. Ninguém chutava tão forte quanto ele.

O importante nessa história era que o pé que ele utilizava para conseguir tal façanha, não tinha nenhum dos dedos!

Quando descobriram isso, fizeram inúmeras entrevistas, e a primeira pergunta era sempre do tipo:

– Como é que tendo tal deficiência, consegues fazer uma coisa que ninguém mais consegue?

E ele, orgulhosamente, respondia:

-Porque eu cresci ouvindo meu pai a dizer: "Encara as tuas deficiências e teus problemas como desafios, nunca como desculpas!"
Pense nisso
Marisete Silva

segunda-feira, 16 de abril de 2018

NUNCA PLANEJE MALDADE

Uma cabra e um asno comiam ao mesmo tempo no estábulo. A cabra começou a invejar o asno porque acreditava que ele estava melhor alimentado, e lhe disse:
- Tua vida é um tormento inacabável. Finge um ataque e deixa-te cair num fosso para que te deem umas férias.
Aceitou o asno o conselho, e deixando-se cair, machucou todo o corpo.
Vendo-o, o amo chamou o veterinário e pediu um remédio para o pobre. Prescreveu o veterinário que o asno necessitava de uma infusão com o pulmão de uma cabra, pois era muito eficiente para devolver o vigor. Para isso então degolaram a cabra e assim curaram o asno.
Moral da Estória: Em todo plano de maldade, a vítima principal sempre é seu próprio criador.

sábado, 14 de abril de 2018

VOCÊ É ENTUSIASMADO?

A palavra “Entusiasmo” vem do grego e significa ter um Deus dentro de si. Os gregos eram panteístas, isto é, acreditavam em vários deuses. A pessoa entusiasmada era aquela possuída por um dos deuses e, por causa disso, poderia transformar a natureza e fazer as coisas acontecerem. Assim, se você fosse entusiasmado por Ceres (Deusa da Agricultura), você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita e assim por diante. 

Segundo os gregos, só as pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer desafios do cotidiano. Era preciso, portanto, entusiasmar-se. Assim, o entusiasmo é diferente do otimismo. Otimismo significa acreditar que uma coisa vai dar certo. Talvez, até torcer para que dê certo. Muita gente confunde otimismo com entusiasmo.

No mundo de hoje, é preciso ser entusiasmado. A pessoa entusiasmada é aquela que acredita na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo. Entusiasmada é a pessoa que acredita em si. Acredita nos outros. Acredita na força que as pessoas têm de transformar o mundo e a própria realidade. E só há uma maneira para ser entusiasmado. É agir entusiasticamente!

Se formos esperar ter as condições ideais primeiro, para depois nos entusiasmarmos, jamais nos entusiasmaremos com coisa alguma, pois sempre teremos razões para não nos entusiasmarmos.

Não é o sucesso que traz o entusiasmo, é o entusiasmo que traz o sucesso!
Pense nisso
Marisete Silva

quarta-feira, 11 de abril de 2018

O SEU FUTURO ESTÁ EM SUAS MÃOS

Havia um viúvo que morava com suas duas filhas curiosas e inteligentes. As meninas sempre faziam muitas perguntas. Algumas ele sabia responder, outras não. Como pretendia oferecer a elas a melhor educação, mandou as meninas passarem as férias com um sábio que morava no alto de uma colina. O sábio sempre respondia às perguntas sem hesitar. Impacientes com o sábio, as meninas resolveram inventar uma pergunta que ele não saberia responder. Então, uma delas apareceu com uma linda borboleta azul que usaria para pregar uma peça no sábio.

- O que você vai fazer? Perguntou a irmã.

- Vou esconder a borboleta em minhas mãos e perguntar se ela está viva ou morta. Se ele disser que ela está morta, vou abrir minhas mãos e deixá-la voar. Se ele disser que ela está viva, vou apertá-la e esmagá-la. E assim qualquer resposta que o sábio nos der estará errada!

As duas meninas foram, então, ao encontro do sábio, que estava meditando. Tenho aqui uma borboleta azul. Diga-me sábio, ela está viva ou morta?

Calmamente o sábio sorriu e respondeu:

- Depende de você. Ela está em suas mãos.

Assim é a nossa vida, o nosso presente e o nosso futuro.

Não devemos culpar ninguém quando algo dá errado. Somos nós os responsáveis por aquilo que conquistamos ou não. Nossa vida está em nossas mãos, como a borboleta. Cabe a nós escolher o que fazer com ela.
Pense nisso
Marisete Silva

terça-feira, 10 de abril de 2018

OLHE PARA A JANELA AO LADO

A menina debruçada na janela trazia nos olhos grossas lágrimas e o peito oprimido pelo sentimento de dor causado pela morte de seu cão de estimação.
Com pesar observava atenta o jardineiro enterrar o corpo do amigo de tantas brincadeiras.
A cada pá de terra jogada sobre o animal, sentia como se sua felicidade estivesse sendo soterrada também.
O avô que observava a neta, aproximou-se e a envolveu em um abraço e falou-lhe com serenidade:
- Triste a cena, não é verdade?
A netinha ficou ainda mais triste e as lágrimas rolaram em abundância.
No entanto, o avô que desejava confortá-la chamou-lhe a atenção para outra realidade.
Tomou-a pela mão e a conduziu para uma janela localizada no lado oposto da ampla sala.
Abriu as cortinas e permitiu-lhe que visse o jardim florido a sua frente e perguntou-lhe carinhosamente:
- Está vendo aquele pé de rosas amarelas bem ali a frente?
- Lembra que você me ajudou a plantá-lo?
- Foi em um dia de sol como hoje que nós dois o plantamos. Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos e hoje veja como está lindo, carregado de flores perfumadas e botões como promessa de novas rosas.
A menina enxugou as lágrimas que ainda teimavam em permanecer em suas faces e abriu um largo sorriso mostrando as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre umas e outras das tantas rosas de variados matizes que enfeitavam o jardim.
O avô, satisfeito por tê-la ajudado a superar o momento de dor falou-lhe com afeto:
- Veja, minha filha. A vida nos oferece sempre várias janelas.
Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza sem que possamos alterar o quadro, voltamo-nos para outra e certamente nos deparamos com uma paisagem diferente.
Tantos são os momentos de nossa existência, tantas as oportunidades de aprendizado que nos visitam no dia a dia que não vale a pena sofrer diante de quadros que não podemos alterar.
São experiências valiosas da vida, das quais devemos tirar lições oportunas sem nos deixar tragar pelo desespero e revolta que só infelicitam.
A nossa visão do mundo é muito limitada.
Se hoje você está a observar um quadro desolador, lembre-se de que existem tantas outras janelas, com paisagens repletas de promessas de melhores dias.
Não se permita contemplar a janela da dor.
Aproveite a lição e siga em frente com ânimo e disposição.
Agindo assim, o gosto amargo do sofrimento logo cede lugar ao sabor agradável de viver.
Pense nisso
Marisete Silva

quarta-feira, 4 de abril de 2018

TALVES SEU SUCESSO ESTÁ A DEZ SEGUNDOS DE VOCÊ

Estava sentada em uma sala de um hotel, um lugar tranquilo rodeado de flores. E eu estava vendo uma desesperada luta entre a vida e a morte, acontecendo com uma borboleta que gastava as suas ultimas energias tentando voar para fora da sala: tentava inutilmente voar através do vidro da vidraça. É triste contar a comovente história da estratégia da borboleta: ela insiste, mas não funciona, pois os seus desesperados esforços não oferecem nenhuma esperança para a sua sobrevivência. Ironicamente, a luta é parte da armadilha. É impossível para a borboleta, mesmo tentando arduamente, conseguir ter sucesso, ou seja, quebrar o vidro. No entanto, esse pequeno inseto apostou sua vida para alcançar seu objetivo através da determinação de um esforço errado.
Esta borboleta está condenada. Ele vai morrer lá no peitoril da janela. Do outro lado da sala, há alguns metros a porta está aberta. Dez segundos de tempo de voo e esta pequena criatura poderia alcançar o mundo exterior que tanto procura. Com apenas um pequeno esforço, que agora está sendo desperdiçado, poderia estar livre desta armadilha que ela mesma criou. A possibilidade da descoberta está lá. Seria tão fácil. Por que não tentar voar com uma outra abordagem, algo radicalmente diferente? Como é que ela ficou tão obstinada com a ideia de que este específico trajeto lhe oferece a melhor oportunidade para o sucesso?
Que lógica há em continuar até a morte buscando uma solução para o meu problema? Sem dúvida, esta abordagem faz sentido. Mas, lamentavelmente, é uma ideia que vai matá-la. Tentar a coisa mais difícil não é, necessariamente, a solução mais eficaz. Esta visão não oferece qualquer promessa real de conseguir o que se quer da vida. Às vezes, na verdade, é uma grande parte do problema. Se você aposta todas as suas esperanças numa única alternativa, você pode matar as suas chances de sucesso.
Pense nisso
Marisete Silva

terça-feira, 27 de março de 2018

DESCUBRA A FELICIDADE

Nos tempos das fadas e bruxas, um moço achou em seu caminho uma pedra que emitia um brilho diferente de todas as que ele já conhecera. Impressionado, decidiu levá-la para casa. Era uma pedra do tamanho de um limão e pertencia a uma fada, que a perdera por aqueles caminhos, em seu passeio matinal. Era a Pedra da Felicidade. Possuía o poder de transformar desejos em realidade.

A fada, ao se dar conta de que havia perdido a pedra, consultou sua fonte de adivinhação e viu o que havia ocorrido. Avaliou o poder mágico da pedra e, como a pessoa que a havia encontrado era um jovem de família pobre e sofredora, concluiu que a pedra poderia ficar em seu poder, despreocupando-se quanto à sua recuperação. Decidiu ajudá-lo.

Apareceu ao moço em sonho e disse-lhe que a pedra tinha poderes para atender a três pedidos: um bem material, uma alegria e uma caridade. Mas que esses benefícios somente poderiam ser utilizados em favor de outras pessoas. Para atingir o intento, cabia-lhe pensar no pedido e apertar a pedra entre as mãos.

O moço acordou desapontado. Não gostou de saber que os poderes da pedra somente poderiam ser revertidos em proveito dos outros. Queria que fossem para ele. Tentou pedir alguma coisa para si, apertando a pedra entre as mãos, sem êxito. Assim, resolveu guardá-la, sem muito interesse em seu uso.

Os anos se passaram e este moço tornou-se bem velhinho. Certo dia, rememorando seu passado, concluiu que havia levado uma vida infeliz, com muitas dificuldades, privações e dissabores. Tivera poucos amigos, porém, reconhecia ter sido muito egoísta. Jamais quisera o bem para os outros.

Antes, desejava que todos sofressem tanto quanto ele. Reviu a pedra que guardara consigo durante quase toda sua existência. Lembrou-se do sonho e dos prováveis poderes da pedra. Decidiu usá-la, mesmo sendo em proveito dos outros.

Assim, realizou o desejo de uma jovem, disponibilizando-lhe um bem material. Proporcionou uma grande alegria a uma mãe revelando o paradeiro de uma filha há anos desaparecida e, por último, diante de um doente, condoeu-se de suas feridas, ofertando-lhe a cura.

Ao realizar o terceiro benefício, aconteceu o inesperado: a pedra transformou-se numa nuvem de fumaça e, em meio a esta nuvem, a fada, vista no sonho que tivera logo ao achar a pedra, surgiu dizendo:
"Usaste a Pedra da Felicidade. O que me pedires, para ti, eu farei. Antes, devias fazer o bem aos outros, para mereceres o atendimento de teu desejo. Por que demoraste tanto tempo para usá-la?"

O homem ficou muito triste ao entender o que se passara. Tivera em suas mãos, desde sua juventude, a oportunidade de construir uma vida plena de felicidade, mas, fechado em seu desamor, jamais pensara que fazendo o bem aos outros colheria o bem para si mesmo.

Lamentando o seu passado de dor e seu erro em desprezar os outros, pediu comovido e arrependido:
"Dá-me, tão somente, a felicidade de esquecer o meu passado egoísta."
Pense nisso
Marisete Silva